quarta-feira, 3 de março de 2010

Pedro Bial

A votação

Com 44% dos votos, em uma disputa acirrada com Kassab - o bonecão de Olinda - Pedro Bial foi definitivamente mandado para os quintos. Disputando uma estadia na casa do capeta estavam Paris e seu sorrizinho, Kassab e Lu Gimenez com sua vasta experiência em golpes da barriga (primeiro Mick Jagger - um adendo: ô coragem transar com ele sem camisinha! - depois o dono da Rede TV, nada boba, né?). Bial levou a melhor, ou a pior, pois ganhou por um voto em relação ao prefeito de São Paulo sua passagem para o inferno. Como em toda votação "demo-crática", quem leva mais, ganha.

O escumulgado da semana

Pedro Bial, jornalista global e poeta meia-boca passou a ser exclusivo apresentador do famigerado "BBB". No bem-bom, trabalhava alguns meses do ano destilando sua poesia de quinta categoria todas as terças de "paredão". Acho que ele devia dar pulinhos de alegria nesses dias, pois era sua oportunidade de escrever seus textos repletos de metáforas furadas chupinhadas dos "melhores" livros de auto-ajuda.
Bial foi para o inferno. Por quê? Por ser um jornalistazinho global que se deu bem não sei como e não sei porquê? Ou seria seu passado negro onde destruiu a vida de sua ex Giulia Gam? Ou porque ele acha que pode fazer poesia barata embutida num reality show? De tudo um pouco. Contudo, mais do que nunca, sua poesia chulé se sobressai deixando o coisa-ruim mais puto da vida com o chefe do "BBB".

No inferno

Chegando nos portões do inferno, o malígno já da as boas vindas ao condenado:

- Seja bem-vindo ao inferno! Fique a vontade pois sua estadia é longa!
- Ah capetão! Não acredito que me mandaram pra cá! Sempre fui um ótimo apresentador, o povão gostava de mim e eu sempre paguei minhas dívidas com meus orixás.
- Blá, blá, blá... Todos falam isso quando chegam... Olha, eu sei quem tu é mas não vou facilitar contigo não, aqui é carne na brasa: foi condenado tem que sofrer!
- Eu não posso nem dar uma "espiadinha" antes de entrar?
- Espiadinha... Sei... Onde você acha que tá? No seu camarim? Ah! ah! ah! ah! ah! ah!

Bial fez sua cara de paisagem como que pensava, respirou fundo o ar de enxofre, tomou fôlego e disparou:

- Mas você não acha que eu deveria ter alguns privilégios? Sou jornalista, um comunicador! Não posso ficar no cabalouço... Sou figura conhecida, dá um jeito aí?
-Ah... Entendi... Vejamos: você se acha fodão porque é jornalista, global ou poeta? Ah! ah! ah! ah! ah! ah! Vai ti catá! Vamos ver: que tal um "quarto branco"? Serve? Ah! ah! ah! ah! ah! ah!
- Deixa de sacanagem Lúcifer, preciso garantir o resto da minha existência...
- Ah! ah! ah! ah! ah! ah! Existência? Ainda bem que mesmo no inferno você tem senso de humor! Vou me divertir pra caralho! Vai logo seu merda! Entra rápido que ta formando uma puta fila atrás de você! Vai infeliz!
- Não! Não! Isso é injusto! Eu fiz um pacto! Eu tenho um contrato!!!
- Blá, blá, blá... O mesmo discurso... O mesmo discurso... Filhos da puta nada criativos! Ah! ah! ah! ah! ah! ah! Próximo!

Com um empurrão um capetinha feioso ia furando a bunda de Bial com uma lança enferrujada. Não havia saída, passaria a eternidade queimando igual boi no tolete. Nos corredores, notou que conhecia alguns rostos já desfigurados pelo sofrimento: o Gal Geisel sendo açoitado por um jovem demônio; Mussolini amordaçado e amarrado a um mastro de madeira e demais personalidades. Mas um personagem lhe chamou a atenção: um velhinho curvado arrastando uma bola de ferro. Não hesitou e desvencilhou-se de seu algoz correndo em direção ao velhote:

- Ei! Eu te conheço! Você não é o Roberto Marinho?
- Sou - respondeu asperamente o infeliz.
- Sou o Pedro Bial! Seu fã! Fiz uma biografia sua!
- Filho-de-uma-puta! Eu sei bem quem você é! Se soubesse que faria aquele texto pulha, teria te mandando embora o quanto antes! Que biografia de merda! Acha que é escritor? Não! Você é uma farsa!
- Não! Eu sempre te admirei! Sempre fui devoto a você!
- Sai daqui Pedro Balela!

Foi como um golpe desferido no bucho. Bial se afastou do velhote e de cabeça baixa se arrastou pelo corredor enegrecido. O capetinha, já sem paciência, deu umas boas cutucadas com a lança para ver se o condenado andava mais depressa. Sem reação: seu encontro com o ex-patrão era castigo além da conta.
O fim do corredor dava numa porta estreita. Sem muita conversa o capetinha empurrou Bial e passou a tranca:

- Divirta-se. Se der um piu vai ficar mil anos no poço!
- Nãoooo! Não me deixem aqui!!!

A cela, estreita e abafada, mal conseguia ficar de pé. Desconsolado, senta no chão e começa a chorar. De repente um autofalante começa uma ladainha que não parecia ter mais fim:

- Biel, você não é poeta, você não é jornalista, você não é nada... Biel, você não é poeta, você não é jornalista, você não é nada...
- Meu nome não é "Bieeeeeeel"! É Bial!
- Biel, você não é poeta, você não é jornalista, você não é nada... Biel, você não é poeta, você não é jornalista, você não é nada...
- Nãoooooooo!

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