quinta-feira, 1 de abril de 2010

Inferno de Férias

Aos bilhões de leitores espalhado pelos quatro cantos do planeta:
Os blogs Cabeça Fresca e Manda pro Inferno estão a partir do dia 1º de abril oficialmente de férias, embora esteja devendo aos queridos leitores o texto dos "apresentadores" - final de abril sai quem ganhou. Mas não se preocupem, caríssimos leitores: estaremos novamente aí com novas ideias e muitas propalações.
Como passaremos algumas semanas de férias, a fila do purgatório vai ficar insuportável, portanto, seguindo sugestão de Gustavo "Verde", proposmo uma grande barca a la Gil Vicente.

VOTEM NA ENQUETE AO LADO.
A enquete fecha dia 23 de abril. FUI!

quarta-feira, 31 de março de 2010

Boris e a Livieiro da Record

O 1º empate dos infernos
Na edição "âncoras dos infernos" ocorreu um fato inédito no blog: Boris Casoy com seu direitismo até os ossos empatou com Lu Livieiro da Record - nem precisa dizer que Carlos Nascimento (SBT) levou a pior ficando incumbido de pentear macaco. Mas vamos ao que interessa:

Os "felizardos" da semana

Antes tarde do que nunca, os leitores do Manda pro Inferno previlegiaram essas duas figurinhas carimbadas do jornalismo brasileiro. Boris por suas declarações nada indiscretas de sua posição ante classes sociais e tal. Já Lulu-Record não deixa para depois seus comentários do tipo "tem que prender esses criminosos blá blá blá", não defendendo abertamente a pena de morte porque o Datena já o faz.

"Extra! Extra!: "âncoras são jogados nas profundesas do mar de lava!"

- O que é que a gente está fazendo aqui? - Indaga Lulu.
- Isso é uma vergonha! Que sala é essa? Tá parecendo uma favela!
- Calma Boris... Estou desconfiada que fomos sequestrados!
- Não, não acho. Está quente aqui. Essa espelunca não tem ar-condicionado...
- Acho que vem alguém aí!

Num canto escuro da sala, Boris e Livieiro fazem o mais esforço para identificar o sujeito. Aos poucos uma silhueta surge: um ser esguio, barbudo e sem banho. Se aproxima dos jornalista vagarosamente cheirando os condenados como um animal.

- Ai! Que horror! Isso é um dejeto humano! - reclamou Lulu.
- Se afaste de mim! Escória! - Repeliu Boris o animal.
- Aí meu deus, ele tá lambendo meu cabelo!
- Eu não acredito no que está acontecendo! O que eu fiz para merecer isso!

Sorrateiramente o terceiro elemento começa a abraçar os jornalistas como que fosse engolil-os. Para desespero deles, embora horrendo, o ser parecia gostar de Boris e Lulu. Os escomulgados não sabiam como se livrar daquela situação, já que tipos "humanos" como aqueles , só tinham conhecimento através das notícias dadas por suas bocas.

- Ele não vai embora não? - Indagou Lulu ao seu companheiro.
- Acho que não! Estamos na merda. O Brasil tá na merda. Acho que esse ser precisa ser domesticado!
- Mas como faremos isso?
- Disciplina, cara colega, disciplina.

Como não havia jeito de Boris e Lulu fugirem, resolveram, depois de muitas pautas, que adestrar o ser repugnante seria o único modo de conseguir conviver com tamanha abominação divina. Confiavam em suas esperiências de domesticadores de corpos - se na televisão funciona, porque não com "aquilo".
O aprendizado andava a passos de tartaruga: a cada dia o "indivíduo" - apelido dado por Lu ao ser estranho - aprendia cada vez menos. Mas tanto Lulu quanto Boris eram pessoas de "princípios" e não iriam desistir tão fácil: um dia iriam se comunicar com "indivíduo", afinal de contas, "comunicadores" eles eram.

quarta-feira, 17 de março de 2010

José Serra

Votar: uma questão "demo-crática"

A votação transcorreu apertada, mas nos últimos dias o favoritismo de Serra se sobressaiu: com 48% dos votos, o governador de nosso estado deixou para trás o verborrágico Jabour (32%) e o âncora do JN, William Bonner (20%). Ou seja, se Serra para a presidência tem que angariar votos contra a Gal. Dilma, no Manda pro Inferno ele queima em 1º turno.

O eleito

Serra, antigo presidente da UNE nos tempos dos milicas, brigou, discursou, deu o sangue por suas ideologias (poderiamos dizer centro-esquerda?) hoje vive no Palácio dos Bandeirantes no bem-bom. Em sua história política, da UNE a Tucanagem, muita coisa mudou: de sua cabelagem, que já foi austera em tempos de rebeldia, tanto como sua convicção política, marcada pela proximidade com Jango. De defensor da "ação direta" à tucano de bico quebrado, o excelentíssimo chefe da polícia paulista adora uma metranca (uma pena, pois se fosse nos tempos de ditadura, ele daria um baita de um guerrilheiro!).

Nas "câmaras" de enxofre

A chegada de Serra nos confins do purgatório foi um verdadeiro "festim diabólico": todos estavam à sua espera - do pai-dos-capetas ao último escomungado - todos ansiosos com a chegada de um condenado a altura de José Serra. Na festividade pública estavam presentes o secretário de assuntos institucionais do inferno, Boi-Zebú Mello, o chefe de gabinete Coisa-ruim Cardoso e, a autoridade máxima, o Capeta. Ao pé de um tapete "vermelho", sua excelência, o Decaído, aguardava o político paulista descer da limosine:

- Oh! É um prazer receber uma autoridade do gabarito como o Sr. governador!
- Ah? Onde que eu estou?
- No inferno, Sr. governador! Seja bem vindo ao meu reino! Não é sempre que uma figura de seu calibre vem para cá. Aliás, faz um tempo desde a vinda do Trancredão!
- O quê? Eu estou no inferno? Isso é uma calúnia, obra da situação. Exijo uma reparação pública!
- Calma, calma Sr. governador... Não criemos um incidente político... Espero por esse dia a anos!
- Olha, eu, como governador do Estado de São Paulo, fico enaltecido com seu convite, mas, todavia, não poderei aceitar. Faço política com ética e de todo modo não recebi nenhum comunicado oficial para tal visita.
- Ahahahaha: Sr. governador... O Sr. nunca ouviu falar em "opinião pública"?
- Mas estou na frente da Dilma!
- ahahahaha... O Sr. me envergonha... Vamos lá, no be-a-bá é mais didático: Os leitores do blog Manda pro Inferno, através de uma votação limpa, "demo-crática", escolheram vossa excelência como um dos infelizes a queimar no inferno. Portanto, facilitando as coisas, eu peço a gentileza que o Sr. arraste sua bunda além do portão para eu terminar com essa "demonstração de civísmo" toda. Por aqui...

Serra hesitou. Pensou o quanto seria difícil estabelecer eleitores num covil como aqueles. Seus olhos estavam voltados para trás, no Brasil, onde seu sonho de se tornar presidente ia por água abaixo. Não havia remédio: teria que encarar o "cenário".
Num longo corredor escuro o "chefe" conduzia o "Sr. Governador" com pressa. O diabo estava visivelmente ansioso. Intrigado, o ex-UNE, questiona o anfitrião do que se tratava tudo aquilo:

- Estamos indo ao auditório, Sr. governador, hoje é seu grande dia!
- Auditório pra quê?
- Estamos chegando... Por gentileza, por aqui...

Um enorme auditório aguardava Zé Serra. Quando o diabão adentrou o centro do lugar, a platéia, em êxtase, aplaudia o condotirre diabólico. No palco, uma tribuna o aguardava, só não sabia bem o quê iria falar. Como todo homem de retórica, Serra começou a ficar mais calmo, ganharia todos no papo. Seria fácil.
O mediador, um diabão engravatado, abre o debate, apresenta José Serra e estipula as regras de tempo e de resposta. Silêncio absoluto. Lúcifer, no microfone ao lado, começa:

- Quero agradecer a presença de todos, que deixaram suas torturas e afazeres de lado para estar aqui nesse importante passo para a "demo-cracia". Antes de mais nada, gostaria de perguntar ao Sr. José Serra se sua excelência não acha contraditória sua história política.
- Blá blá blá blá blá... Blá?! Blaaaaaá! Blá blá? Blá blá? - as palavras não saiam. Serra começa a se desesperar: não conseguia falar nada além de "Blá blá blá".
- Sr. José Serra, seu tempo acabou! - interrompe o mediador - Agora passo a palavra para Nossa Majestade Lúcifer...
- Bom, compreendo que fique embaraçado com esse pergunta, Sr. Governador. Mas de todo modo, gostaria de relembrar que dentro de sua brilhante história, há um capítulo que me chama a atenção, como por exemplo, sua relação com Jango, que por sinal, está alí na platéia ansioso por lhe perguntar algumas coisas...
- Blá blá blá! Blá blá blaaaaaá!
- Seu tempo se esgotou, Sr. Serra, vou lhe pedir mais uma vez que respeite o tempo estipulado pela organização do debate. Nossa excelência o grandioso Lúcifer tem direito à nova pergunta.
- Obrigado diabão! Bom, como ia dizendo...

quarta-feira, 10 de março de 2010

Dourado

A enquete que exorciza

Se no "BBB" o lutador Dourado não é eliminado, no Manda pro inferno ele vira churrasco! Com 44% dos votos, o macho-alpha da vez foi para o inferno tomando o lugar da Rainha dos Baixinhos Xuxa, levando 27% dos votos. Ficou para trás também os candidatos Robinho, com seu ego-balão, e Grazi Massafera, ex-BBB que se deu bem.

Queima!!!

Odiado, gaúcho, machão e pastiche do homem hetero brasileiro: Dourado queimou feio no inferno. Bola da vez em seu segundo reallity show, tem sido dedicado às suas baboseiras uma imensidão de discussões, enquetes, notícias, twittadas e ações judiciais. Mas porque queimar um idiota tamanho? Acho que é fichinha responder.
Para facilitar, 3 motivos:
- Fala muita merda (do tipo: "homem heterossexual não pega AIDS");
- Sua homofobia e misogenia não declarada (nem precisa declarar);
- Sua popularidade: talvez explicada pela identificação nítida do telespectador global (que não são poucos) com uma figura crassa desse nível.
Dentre essas e outras, a enquete dessa semana deixou claro uma coisa: já que ele tá em tudo quanto é tipo de debates, dos ativistas LGBT às discussões acadêmicas, porque ele não iria pra P.Q.P. através do Manda pro inferno?

Chegando no inferno

Nos calabouços da agonia Dourado já estava oxidando. O Tinhoso ao avistá-lo esboçou um largo sorriso:

- Hihihihihi! Que maravilhaaaa! Não é que o galo perdeu a crista?!
- Porra seu Diabo... Eu nem sei o que eu tô fazendo aqui! Tava num programa de Tv e do nada eu tô aqui falando com tu. O que eu fiz?
- Deixa eu ver na lista... Não. Não. Aqui: Marcelo Dourado! Foi mandado pra cá pelo blog Manda pro inferno. Isso mesmo!
- Mas eu nem conheço esse blog!
- Meu querido, problema é seeeeuuuu!!! Ter dó de "tu" eu não vou ter não. Nem morto! Hahahahahaha!!!
- Mas eu sou um jogador! Tô ficando conhecido, essa era a minha segunda chance!
- Hihihihihi! Lutadoor... Ah é? Então vamos fazer o seguinte: você entra no ringue comigoooo e se ganhar sai daqui direto pro seu programazinho... Mas se perder... Vai ficar defumando que nem pernil no forno! O que acha?
- Ok, palavra de homem? Hein?
- Palavra de diaboooo!

Num piscar de olhos já estava num ringue rodeado de capetinhas barulhentos e exaltados. A platéia queria sangue, estavam fissurados por carne. Uma luz direcional é lançada no alto do ringue. Silêncio. Tambores rufam. Lentamente, "ele" desce até o centro da arena sob uma salva de palmas. Era uma luta dos infernos. Um boi-zebú fortão sobe no ringue e com o microfone em patas, anuncia os lutadores:

- Capetas e demônios! Decaídos e excomungados! Preparem-se para a luta do século! De uma lado, pesando 52 kilos de pura maldade, sua majestadeeee ooooo Diaaaaboooo!!! - a platéia "pega fogo".
- E de outro, um mortal qualquer, um idiota por aceitar essa luta, o "machão" Dourado! E que comece a luta!

No ressoar do bumbo o diabão já estava por trás de Dourado. Em questão de segundos o BBB leva um soco de direita, outro de esquerda. Cambaleando, a platéia grita "uuuuuh!". Na tentativa de segurar nas cordas, Dourado é arrastado para o meio do ringue. O capeta estava inspirado. Com uma chave imobiliza facilmente o lutador já sem ar. Ele agoniza no chão e bate repetidas vezes no tatame para que seu adversário parasse a imobilização. O juiz boi-zebú assistia a tudo com um belo charuto numa das patas e um copo de uísque na outra. Era uma diversão só. O público queria mais. Começou um "esfola ele!", "Fode!", "Capa esse filho-da-putaaa!". A majestade, o Diabo, não teve dúvidas: daria aos súditos o que eles queriam.

- "Tu" não é o fodão? - sussurrou o capeta no ouvido de Dourado.
- Paaraa! Paaaraaa! - já sem fôlego - Num to aguentandoooo...
- Vocês querem sangue? - jogou lenha na fogueira o coisa-ruim.
- Sangue! Sangue! Sangue! Sangue! Sangue! Sangue! -Gritava a platéia indo ao delírio.
- Hahahahahahaha! Vocês vão ter!!!

Com sua pata de alicate o Diabão começa a retalhar Dourado que nem bife. Ele grita de dor. Chora, mija, se caga todo e pede "pelo amor de deus" pra parar. Sem resultado. A platéia queria mais! Completamente lúcido, Dourado vê seu corpo em pedaços sendo assado numa enorme churrasqueira. A dor era imensa. Os capetas da platéia estavam todos ao redor esperando por um pedacinho de sua carne enquanto o Diabão tentava organizar a fila para o rango. Quando restava seu último pedacinho, apenas o olho esquerdo, tudo se apaga e ele se vê novamente no mesmo ringue de então. Dourado se desespera quando novamente se faz silêncio, luz sobre o ringue, tambores rufando e o diabão descendo novamente para mais um assalto.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Pedro Bial

A votação

Com 44% dos votos, em uma disputa acirrada com Kassab - o bonecão de Olinda - Pedro Bial foi definitivamente mandado para os quintos. Disputando uma estadia na casa do capeta estavam Paris e seu sorrizinho, Kassab e Lu Gimenez com sua vasta experiência em golpes da barriga (primeiro Mick Jagger - um adendo: ô coragem transar com ele sem camisinha! - depois o dono da Rede TV, nada boba, né?). Bial levou a melhor, ou a pior, pois ganhou por um voto em relação ao prefeito de São Paulo sua passagem para o inferno. Como em toda votação "demo-crática", quem leva mais, ganha.

O escumulgado da semana

Pedro Bial, jornalista global e poeta meia-boca passou a ser exclusivo apresentador do famigerado "BBB". No bem-bom, trabalhava alguns meses do ano destilando sua poesia de quinta categoria todas as terças de "paredão". Acho que ele devia dar pulinhos de alegria nesses dias, pois era sua oportunidade de escrever seus textos repletos de metáforas furadas chupinhadas dos "melhores" livros de auto-ajuda.
Bial foi para o inferno. Por quê? Por ser um jornalistazinho global que se deu bem não sei como e não sei porquê? Ou seria seu passado negro onde destruiu a vida de sua ex Giulia Gam? Ou porque ele acha que pode fazer poesia barata embutida num reality show? De tudo um pouco. Contudo, mais do que nunca, sua poesia chulé se sobressai deixando o coisa-ruim mais puto da vida com o chefe do "BBB".

No inferno

Chegando nos portões do inferno, o malígno já da as boas vindas ao condenado:

- Seja bem-vindo ao inferno! Fique a vontade pois sua estadia é longa!
- Ah capetão! Não acredito que me mandaram pra cá! Sempre fui um ótimo apresentador, o povão gostava de mim e eu sempre paguei minhas dívidas com meus orixás.
- Blá, blá, blá... Todos falam isso quando chegam... Olha, eu sei quem tu é mas não vou facilitar contigo não, aqui é carne na brasa: foi condenado tem que sofrer!
- Eu não posso nem dar uma "espiadinha" antes de entrar?
- Espiadinha... Sei... Onde você acha que tá? No seu camarim? Ah! ah! ah! ah! ah! ah!

Bial fez sua cara de paisagem como que pensava, respirou fundo o ar de enxofre, tomou fôlego e disparou:

- Mas você não acha que eu deveria ter alguns privilégios? Sou jornalista, um comunicador! Não posso ficar no cabalouço... Sou figura conhecida, dá um jeito aí?
-Ah... Entendi... Vejamos: você se acha fodão porque é jornalista, global ou poeta? Ah! ah! ah! ah! ah! ah! Vai ti catá! Vamos ver: que tal um "quarto branco"? Serve? Ah! ah! ah! ah! ah! ah!
- Deixa de sacanagem Lúcifer, preciso garantir o resto da minha existência...
- Ah! ah! ah! ah! ah! ah! Existência? Ainda bem que mesmo no inferno você tem senso de humor! Vou me divertir pra caralho! Vai logo seu merda! Entra rápido que ta formando uma puta fila atrás de você! Vai infeliz!
- Não! Não! Isso é injusto! Eu fiz um pacto! Eu tenho um contrato!!!
- Blá, blá, blá... O mesmo discurso... O mesmo discurso... Filhos da puta nada criativos! Ah! ah! ah! ah! ah! ah! Próximo!

Com um empurrão um capetinha feioso ia furando a bunda de Bial com uma lança enferrujada. Não havia saída, passaria a eternidade queimando igual boi no tolete. Nos corredores, notou que conhecia alguns rostos já desfigurados pelo sofrimento: o Gal Geisel sendo açoitado por um jovem demônio; Mussolini amordaçado e amarrado a um mastro de madeira e demais personalidades. Mas um personagem lhe chamou a atenção: um velhinho curvado arrastando uma bola de ferro. Não hesitou e desvencilhou-se de seu algoz correndo em direção ao velhote:

- Ei! Eu te conheço! Você não é o Roberto Marinho?
- Sou - respondeu asperamente o infeliz.
- Sou o Pedro Bial! Seu fã! Fiz uma biografia sua!
- Filho-de-uma-puta! Eu sei bem quem você é! Se soubesse que faria aquele texto pulha, teria te mandando embora o quanto antes! Que biografia de merda! Acha que é escritor? Não! Você é uma farsa!
- Não! Eu sempre te admirei! Sempre fui devoto a você!
- Sai daqui Pedro Balela!

Foi como um golpe desferido no bucho. Bial se afastou do velhote e de cabeça baixa se arrastou pelo corredor enegrecido. O capetinha, já sem paciência, deu umas boas cutucadas com a lança para ver se o condenado andava mais depressa. Sem reação: seu encontro com o ex-patrão era castigo além da conta.
O fim do corredor dava numa porta estreita. Sem muita conversa o capetinha empurrou Bial e passou a tranca:

- Divirta-se. Se der um piu vai ficar mil anos no poço!
- Nãoooo! Não me deixem aqui!!!

A cela, estreita e abafada, mal conseguia ficar de pé. Desconsolado, senta no chão e começa a chorar. De repente um autofalante começa uma ladainha que não parecia ter mais fim:

- Biel, você não é poeta, você não é jornalista, você não é nada... Biel, você não é poeta, você não é jornalista, você não é nada...
- Meu nome não é "Bieeeeeeel"! É Bial!
- Biel, você não é poeta, você não é jornalista, você não é nada... Biel, você não é poeta, você não é jornalista, você não é nada...
- Nãoooooooo!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Sai exu!

Mais um absurdo surge na rede: o Blog Manda pro Inferno estreia em pleno fim do mês para exorcizar os capetas que pentelham nossa vida! Aquele homem público de mão leve, aquela personalidade mais vazia do que pau oco ou um anônimo filho-da-puta que te fechou no trânsito, sim! Esse é o canal para expulgar e mandar todos que nos deixam putos para o lugar que merecem: o fogo do purgatório. Afinal de contas, se inferno existir, deve ser tão cheio quanto praia de paulista.

Mande você também!

Semanalmente alguém que não vale o que o gato enterra será mandado para os quintos sem dó e nem piedade. Vamos lá! Mandar pras picuias é bom e o povo gosta. Participe votando na enquete ou enviando sugestões para manda_pro_inferno@hotmail.com